A
presidenta Dilma defendeu a importância do Brasil em relação aos países
vizinhos, criticou as restrições à comercialização de produtos entre
nações do Mercosul e respondeu sobre demandas da saúde e da mobilidade
urbana no estado. “É um absurdo não termos um mercado de circulação
livre”, disse Dilma, referindo-se à necessidade de cooperação comercial
entre os países do bloco, em especial entre Brasil, Argentina, Paraguai e
Uruguai.
Ao ser
questionada sobre o bloqueio do governo argentino a cerca de 1 milhão de
calçados produzidos no Brasil, Dilma disse que o governo brasileiro tem
adotado ações constantes e sistemáticas de negociação com a Argentina
para que as demandas dos produtores sejam acatadas. “Defendemos
uma norma no Mercosul para licenças de importação. Nós preferíamos que
não houvesse, mas como o governo argentino não concorda, estamos
pedindo prazos”, disse a presidenta.
Segundo
Dilma, o governo brasileiro tem manifestado posição de firme desagrado a
produtos que ficam parados na alfândega esperando a autorização de
exportação. A presidenta defendeu ainda, nesse quesito, que a melhor
atitude a ser tomada é o diálogo, pois o comércio entre os dois países é
“via de mão dupla, ganhamos nós ao exportar calçados e eles ao exportar
automóveis”.
A
entrevista foi concedida no Aeroporto de Canoas (RS), após Dilma
desembarcar na cidade por volta das 15h, e durou pouco mais de 30
minutos. Sobre relações diplomáticas, a presidenta ouviu questionamento
sobre o momento em que será possível aos países do Mercosul fazer de
forma plena os seus objetivos. Ao responder, Dilma defendeu a
consolidação do bloco e tratou da importância que o Brasil tem com
relação aos outros países.
“Temos
que olhar para os vizinhos, a importância do Brasil exige que tenhamos
[essa] responsabilidade. Todos os países têm que ter consenso sobre uma
questão para atuarmos em conjunto”, disse a presidenta, acrescentando
que o interesse brasileiro em garantir um mercado de circulação
livre passa pela ampliação dos potenciais consumidores das produções de
cada país. “Integrando-se, nos fortalecem como mercado, em vez de 200
milhões, somos 300 milhões de consumidores”, exemplificou a presidenta.
Fonte: Agência Brasil |
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