O abastecimento de água em parte do estado entrará em colapso caso não sejam construídos novos reservatórios, em cinco anos, segundo analistas
O Sistema Cantareira não dará conta da demanda, decorrente do
crescimento demográfico e industrial previsto para o período, avaliam
técnicos
Campinas - O abastecimento de água em metade da Grande São Paulo
e nas regiões de Campinas, Jundiaí, Limeira e Piracicaba entrará em
colapso até 2024, caso não sejam construídos novos reservatórios, em
cinco anos.
A avaliação faz parte das discussões para a renovação de outorga do
Sistema Cantareira, que reorganizará a distribuição da água. O prazo
para que os órgãos envolvidos na operação entreguem as propostas para a
Agência Nacional de Águas (ANA) e para o Departamento de Águas e Energia
Elétrica (Daee) vence nesta sexta-feira, 8.
O Sistema Cantareira - o maior produtor de água dessas regiões e
responsável pelo abastecimento de 14 milhões de moradores - não dará
conta da demanda, decorrente do crescimento demográfico e industrial
previsto para o período.
A afirmação é de órgãos técnicos e entidades ligadas ao setor que
alertam que governos e empresas de água terão de buscar novas fontes de
recursos hídricos para suprir esse consumo.
Só com o crescimento populacional médio anual estimado em 1% para a
Grande São Paulo e 4% para a região de Campinas, será necessária a
produção de água suficiente para abastecer 400 mil moradores a mais a
cada ano.
Com um novo cenário de desenvolvimento, com o interior crescendo em ritmo mais acelerado, o Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) aprovou nesta quinta-feira, 7, um pedido de aumento da vazão de água para o interior para 8 mil litros por segundo. O Consórcio do PCJ - entidade que faz parte do Comitê - prevê um cenário pior.
Calculou que, em 10 anos, a região de Campinas precisará de até 18 mil litros por segundo - 13 mil litros por segundo mais do que usa atualmente.
"Não é uma questão de nós nos digladiarmos, mas sem novas represas, vamos precisar de mais água no interior e liberar cada vez mais as comportas do Cantareira. Dessa forma, vai chegar uma hora que vamos ter que reduzir a vazão para São Paulo", afirma Lahoz.
Conflito
A questão é que a Grande São Paulo é dependente da água produzida pelo Cantareira. "Com a demanda que existe na Região Metropolitana de São Paulo, é fundamental que seja mantida essa vazão de 33 mil litros de água por segundo para que não exista o colapso", afirmou o diretor metropolitano da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Paulo Massatto.
A entidade já encaminhou aos órgãos da União e Estado documento em que defende a manutenção dos atuais valores na divisão da água produzida no sistema. Só na capital, 60% dos imóveis recebem a água. A Secretaria Estadual de Saneamento e Recursos Hídricos trabalha para evitar o conflito entre os municípios e Estados.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
A questão é que a Grande São Paulo é dependente da água produzida pelo Cantareira. "Com a demanda que existe na Região Metropolitana de São Paulo, é fundamental que seja mantida essa vazão de 33 mil litros de água por segundo para que não exista o colapso", afirmou o diretor metropolitano da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Paulo Massatto.
A entidade já encaminhou aos órgãos da União e Estado documento em que defende a manutenção dos atuais valores na divisão da água produzida no sistema. Só na capital, 60% dos imóveis recebem a água. A Secretaria Estadual de Saneamento e Recursos Hídricos trabalha para evitar o conflito entre os municípios e Estados.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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