Lia Lubambo/EXAME
Agência da Caixa Econômica Federal: na prática, a Caixa passa a liberar
menos dinheiro para as operações, principalmente no caso de imóveis
usados e mais caros
São Paulo - Começam a valer nesta segunda-feira, 4, as novas regras para financiar a casa própria pela Caixa
Econômica Federal. Em geral, tornou-se mais difícil financiar o imóvel e
especialistas já têm apontado o consórcio como uma opção.
Três medidas da Caixa causam impacto direto na decisão de quem pretende tomar crédito. A primeira delas é o limite de financiamento de imóveis novos, que passou a ser de 90% do total do valor.
Além disso, para usados, o teto passou a ser de 50% do total do imóvel,
dentro do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), ou seja, imóveis que
valem até R$ 750 mil nos Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São
Paulo e no Distrito Federal. Nos demais Estados, o valor máximo é de R$
650 mil.
A terceira medida engloba imóveis mais caros. Para usados acima de R$
750 mil, enquadrados no Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), o limite
de financiamento passa a ser de 40% do valor total do imóvel.
As medidas foram anunciadas pelo banco público no fim do mês passado
com o objetivo de driblar a falta de recursos no Sistema Brasileiro de
Poupança e Empréstimo, utilizados para liberar crédito pelo Sistema de
Amortização Constante (SAC). Na prática, a Caixa passa a liberar menos
dinheiro para as operações, principalmente no caso de imóveis usados e
mais caros.
Vale lembrar que, no caso do financiamento popular (Minha Casa, Minha
Vida), as regras anteriores permanecem inalteradas. O mesmo vale para
empréstimos concedidos com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço(FGTS).
No caso das operações feitas pela tabela Price, em que as parcelas
aumentam progressivamente, o limite de financiamento pelo SFH já havia
sido reduzido para metade do valor do imóvel.
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