terça-feira, 3 de setembro de 2013

Espionagem dos EUA sobre Dilma pode antecipar reunião do Mercosul

Espionagem dos EUA sobre Dilma pode antecipar reunião do Mercosul
 
 
 
Os ministros do Interior (no Brasil, o equivalente à Casa Civil) e da Justiça do Mercosul e países associados ao bloco preparam-se para a próxima reunião, anteriormente marcada para 8 de novembro, nas Ilhas Margarita, mobilizados pelo debate a respeito da espionagem, pelo governo norte-americanas, de cidadãos e autoridades de vários países e o tema tornou-se mais relevante em função de novas denúncias de que os EUA, através de seus serviços de espionagem CIA e NSA escutaram e gravaram a presidente Dilma e seus principais assessores. A reunião pode ser antecipada.

O Mercosul debaterá desde fluxos migratórios, jogos de futebol à integração de dados econômicos e empresariais entre os países do bloco. Participarão das discussões representantes da Argentina, do Brasil, da Bolívia, do Chile, da Colômbia, do Equador, Uruguai, Paraguai e da Venezuela. As discussões ocorrerão em 12 grupos de trabalho, sendo que todos deverão apresentar agendas de negociações.

O crime de espionagem dos EUA será o assunto dominante sobre o qual os países do Mercosul já trocam informações preliminares. A denúncia de escuta no Palácio do Planalto foi apresentada pela TV Globo, através do programa dominical Fantástico e partiu do jornalista Glenn Greenwald (foto, à esquerda), que recebeu os papéis das mãos de Edward Snowden (foto) - o ex-espião da NSA que deixou os EUA com documentos da agência com a intenção de divulgar o sistema de escuta do governo norte-americano no mundo.

Tão logo tomou conhecimento do fato, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, reuniu-se  com a presidente Dilma para discutir a reação as novas revelações de espionagem do governo americano. O governo brasileiro decidiu tomar três medidas: o Ministério das Relações Exteriores vai chamar o embaixador americano no Brasil, Thomas Shannon, para que ele dê novos esclarecimentos, vai cobrar explicações formais do governo dos EUA e vai ainda recorrer aos órgãos internacionais, como a ONU, para discutir a violação de direitos de autoridades e cidadãos brasileiros.

“Se forem comprovados esses fatos, nós estamos diante de uma situação que é inadmissível, inaceitável, por que eles qualificam uma clara violência à soberania do nosso país. O Brasil cumpre fielmente com suas obrigações e gostaria que todos os seus parceiros também as cumprissem e respeitassem aquilo que é muito caro para um país que é a sua soberania”, disse Cardozo.

O ministro esteve na semana passada nos Estados Unidos, onde se reuniu com o vice-presidente, Joe Biden. Ele levou a proposta de que as comunicações só sejam acessadas com autorização da Justiça e no caso de investigações criminais. A proposta não foi aceita.

Fonte: Agência Brasil, com informações da agência pública de notícias de Cuba, Prensa Latinasnowdenfotor
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário