terça-feira, 22 de outubro de 2013

Brasil libera nova identidade para refugiados no país e os autoriza a trabalhar



 
 
O governo brasileiro atendeu demanda da população refugiada que vive no Brasil e retirou o termo “refugiado” da cédula nacional de identidade desses estrangeiros que moram no Brasil. A palavra foi substituída por “residente” e o documento também passará a informar que eles estão autorizados a exercer atividade remunerada no País, segundo informações divulgadas no site das Nações Unidas no Brasil.Os refugiados que possuem modelo antigo da cédula de identidade podem solicitar versão atualizada, segundo a Polícia Federal, mediante pagamento de taxa de R$ 305,03, mesmo valor que é cobrado para a emissão da primeira via do documento. 
 
A mudança está sendo implementada pelo Departamento da Polícia Federal em parceria com o Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), ligado ao Ministério da Justiça.A retirada do termo “refugiado” no documento sempre foi pedida pelos estrangeiros que vivem sob essa condição no Brasil. Segundo eles, a palavra dava margem para interpretações incorretas e dificultava o acesso ao mercado de trabalho e a integração socioeconômica no País. 
 
Em função disto, o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) encaminhou a solicitação da mudança junto ao governo federal.“Esta mudança na cédula de identidade dos refugiados é uma conquista que beneficiará toda a população refugiada, pois o próprio termo ainda gera dúvidas de interpretação, tanto do ponto visto legal como semântico. É uma conquista que podemos considerar histórica, e esperamos que facilite a integração socioeconômica dos refugiados no Brasil”, afirmou o representante do ACNUR no país, Andrés Ramirez. 
 
O Brasil tem cerca de 4.400 estrangeiros vivendo sob a condição de refugiados. Há um crescimento destas chegadas. Entre 2010 e 2012, por exemplo, o número de pedidos de refúgio triplicou. Foram 566 em 2010 e 2.008 no ano passado. Neste ano já chegaram 3.500 solicitações, segundo estimativa do Ministério da Justiça.
Fonte: Anba
 

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