FABIANO MAISONNAVE
DE SÃO PAULO
DE SÃO PAULO
Ontem à noite, o ex-diretor de Gás e Energia da Petrobras no governo
Lula Ildo Sauer e o advogado Fábio Konder Comparato protocolaram na
Justiça Federal, em São Paulo, uma ação popular pedindo a suspensão do
primeiro leilão do pré-sal brasileiro, do campo de Libra, previsto para a
próxima segunda-feira, 21.
De acordo com Sauer, atualmente professor do Instituto de Energia e
Ambiente da USP, o leilão tem "ilegalidades flagrantes", sobre as quais
não quis especificar, e contraria os interesses nacionais ao "seguir a
política energética dos EUA e da China", para quem o objetivo é "a
produção rápida para reduzir o preço".
Editoria de Arte/Folhapress | ||
"Para um país que pretende ser exportador, como é o caso do Brasil,
interessa controlar o ritmo da produção e manter o preço elevado", diz a
introdução da ação popular.
Sauer e Comparato defendem que o campo de Libra seja repassado à Petrobras.
SEGURANÇA
A pedido do governo do Rio presidente Dilma Rousseff convocou o Exército, para garantir a realização do leilão na segunda.
A partir de domingo, 24h antes do leilão, parte do bairro da Barra da
Tijuca, na zona oeste da cidade, onde ocorrerá o leilão terá a segurança
controlada por militares.
Petroleiros da Petrobras, que iniciaram nesta quinta uma greve por tempo
indeterminado contra o leilão, prometem levar "pelo menos mil" pessoas
para a porta do hotel para tentar impedir a venda.
A mobilização contará com 1.100 homens do Exército, das polícias
Federal, Rodoviária Federal, da Força Nacional, além de agentes das
polícias Civil e Militar do Rio. O planejamento será definido hoje e o
efetivo ainda pode aumentar.
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