quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Brasil: Grupo sueco de pagamento móvel busca pequenas empresas para crescer no Brasil!


Pagamento móvel05/02/2014,

Os números são expressivos. De um lado, estima-se que o Brasil possui cerca de 750 milhões de cartões emitidos, entre cartões de débito, de crédito e de lojas. Em outra frente, dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) apontam que o país tem hoje mais de 270 milhões de linhas ativas de celulares.
 
É exatamente esse cenário que motivou a iZettle – empresa sueca de pagamento móvel – a investir na estruturação de uma operação local.

“Existe uma grande concentração de cartões e celulares no Brasil. Queremos unir esses dois mundos”, diz Renato Silva, diretor de operações da iZettle no Brasil. O executivo cita outro componente que reforça o interesse pelo país: a aprovação, em 2013, da regulamentação do sistema de pagamento móvel no país. “Esse fato criou a base que faltava para impulsionar esse mercado no Brasil e está atraindo empresas de internet, bancos e operadoras. Cada um está explorando um nicho”, afirma.

A iZettle chegou ao Brasil em agosto de 2013, por meio de uma parceria com o Santander. Dois meses antes, o banco espanhol anunciou um aporte de  € 5 milhões na startup sueca. Desde a sua criação, em 2010, a iZettle atraiu um aporte global de R$ 113 milhões. A lista de investidores inclui ainda nomes como a MasterCard e a American Express. O carro-chefe do portfólio da iZettle é um leitor de cartões que, acoplado a um celular ou tablet, permite que qualquer comerciante possa aceitar pagamentos eletrônicos. A ideia é oferecer uma alternativa às tradicionais máquinas de POS (Point of Sales, na sigla em inglês).

Com sistemas complementares, que permitem, entre outros recursos, estruturar relatórios de vendas, a oferta da iZettle tem como foco os pequenos e médios empreendedores. “Existem mais de 23 milhões de microempreendedores e mais de 6 milhões de pequenas e médias empresas no Brasil. São operações que carecem de uma solução de pagamento e hoje acabam trabalhando na informalidade, com cheques pré-datados ou em vendas baseadas na confiança”, diz Silva. “Nossa prioridade são os profissionais liberais, autônomos, vendedores porta a porta, motoristas de táxi e feirantes. Ou seja, a economia informal como um todo. São pessoas que precisam ter fluxo de caixa com urgência e não podem se comprometer com mensalidades, pois  não têm uma receita recorrente”.

Sob essa visão, um dos ganchos da iZettle para atrair esse público é o fato de que o lojista em questão recebe o dinheiro da compra cinco dias após a transação, enquanto no modelo das máquinas de POS, esse prazo é, em média, de trinta dias. Ao mesmo tempo, não há taxas de habilitação nem mensalidade. A receita da iZettle é baseada na cobrança de uma taxa de 5,75% sobre cada transação gerada. O leitor, por sua vez, é vendido por R$ 99.No primeiro mês da operação, a iZettle entregou 35 mil leitores no mercado brasileiro. 

Silva não revela, porém, outros números do escritório local. Para 2014, a prioridade, diz o executivo, é reforçar as parcerias com distribuidores locais e com o Santander. Ao mesmo tempo, os leitores da empresa - antes restritos às transações de crédito – passarão a aceitar também transações com cartões de débito, ainda nesse trimestre.

 Fonte: Comunidade Comércio Exterior

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