Antonio Cruz/Agência Brasil
Presidente do PP, Ciro Nogueira: depois de PMDB e PT, o PP é o maior
partido no Congresso com 57 parlamentares: 51 deputados e seis senadores
O presidente do Partido Progressista, senador Ciro Nogueira (PP-PI),
anunciou hoje (6) que o partido permanecerá na base de apoio ao governo
da presidenta Dilma Rousseff, pelo menos, até a conclusão do processo na Câmara dos Deputados.
Depois de PMDB e PT, o PP é o maior partido no Congresso com 57 parlamentares: 51 deputados e seis senadores.
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O partido tinha nesta quarta-feira uma reunião do Diretório Nacional
para decidir sobre a permanência no governo, mas, segundo Ciro Nogueira,
os próprios parlamentares que pediram o encontro, desistiram da ideia.
“Existia um documento assinado por 24 senadores e deputados pedindo o
rompimento com o governo. Essa reunião estava marcada para as 14h, mas
quando fizemos um levantamento preliminar dos 57 votantes mais de 40
queriam a permanecia do partido na base”, disse o senador com o
documento que pede o cancelamento da reunião nas mãos.
O senador Ciro Nogueira disse que ainda não sabe se liberará a bancada para se posicionar como quiser na votação do impeachment, acrescentou que essa decisão ainda precisa ser discutida.
“Não vou negar pra você que o partido tem uma grande parcela que vota
pelo impeachment e essas pessoas têm que ser repeitadas. A direção
partidária hoje tem a responsabilidade de estar ao lado da presidenta
Dilma nesta base aliada. É uma situação que vai ser discutida nos
próximos dias, mas a orientação partidária é estar ao lado da presidente
neste momento.”
Cargos
Ciro Nogueira negou que a decisão tenha sido tomada em troca de um
espaço maior no governo que pode inlcluir até o Ministério da Saúde.
Segundo o senador, até que o processo tenha um desfecho no plenário da
Câmara dos Deputados, não haverá negociação de cargos no governo.
“Nenhum membro do partido nem seu presidente está autorizado a discutir
participação no governo", disse. "Não deixamos nenhuma margem no partido
para nenhum tipo de discussão desse tipo.”
Perguntado sobre nomeações, no segundo escalão do governo, de pessoas
ligadas ao PP que estão saindo no Diário Oficial da União Ciro Nogueira
repetiu que novos cargos não estão sendo negociados, mas justificou que
esses são cargos que foram entregues pelo PMDB e que precisam ser
ocupados.
Recuo
Na última reunião do presidente do partido com parlamentares na Câmara e
no Senado, na semana passada, o líder da legenda Aguinaldo Ribeiro (PB)
disse que o partido ainda não tinha definido sua posição, enquanto ao
mesmo tempo os deputados Jerônimo Goergen (RS) e Júlio Lopes (RJ)
insistiam em dizer que havia uma maioria expressiva no partido
pró-impeachment.
“Essa tendência de rompimento só está na cabeça de alguns. Ninguém conhece mais o partido que seu presidente.
Isso [ de querer o rompimento] nunca aconteceu no Partido Progressista,
nunca houve essa maioria no Partido Progressista e mais uma vez isso
está comprovado", destacou Ciro Nogueira.
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