Nacho Doce/REUTERS
Andre Esteves: considerando a investigação realizada, os advogados
entendem que não existem indícios que permitem concluir Esteves em atos
ilícitos ou atos de corrupção
Da REUTERS
São Paulo - O BTG Pactual
disse que uma investigação própria foi encerrada com o entendimento de
que não há indícios para concluir que alegações de corrupção ou prática
de atos ilícitos relacionados à prisão de seu ex-presidente e
ex-controlador André Esteves sejam "críveis, fidedignas ou fundamentadas em provas concretas".
A investigação de quatro meses foi conduzida por um comitê especial de
seu Conselho de Administração e advogados, examinando as alegações
relacionadas à prisão de Esteves e a cobertura pela imprensa do
ocorrido.
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Esteves foi preso em 25 de novembro de 2015 sob suspeita de obstruir as investigações da Operação Lava Jato sobre corrupção envolvendo estatais, como a Petrobras, órgãos públicos, empreiteiras e políticos.
O banqueiro permanece em prisão domiciliar, depois de ter deixado em
dezembro a penitenciária de Bangu 8, no Rio de Janeiro, após a suspensão
pelo Supremo Tribunal Federal de sua prisão preventiva.
"Considerando a investigação realizada, os advogados entendem que não
existem indícios que permitem concluir que Esteves, BTG Pactual ou
quaisquer de seus funcionários participaram em atos ilícitos ou atos de
corrupção", disse o BTG em fato relevante nesta quinta-feira.
Segundo a instituição financeira, o comitê teve amplos poderes para
investigar diversas alegações e contratou o escritório de advocacia
internacional Quinn Emanuel Urquhart & Sullivan e o escritório
brasileiro Veirano Advogados.
A investigação independente realizada pelo comitê buscava verificar se
Esteves, o BTG Pactual ou empregados prometeram vantagem indevida ao
ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró para que este não fornecesse
provas para investigadores da Polícia Federal relacionadas a Esteves.
Além disso, também foi investigado se foi oferecida vantagem indevida ao
deputado deferal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), agora presidente da Câmara
dos Deputados, em troca de apoio político em relação a medidas
provisórias que beneficiariam o BTG Pactual, entre outras alegações
envolvendo também a empresa de sondas Sete Brasil e o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva.
"Durante os quatro meses da investigação, os advogados do Comitê
Especial realizaram uma análise exaustiva destes temas", afirmou o
banco.
"O sumário das conclusões elaborado pelos advogados indicou que houve
total cooperação com a investigação por parte da alta administração e
dos demais empregados do BTG Pactual envolvidos e que o Comitê Especial
teve completa autonomia para definir os temas a serem investigados bem
como para conduzir a investigação", acrescentou.
Matéria atualizada às 10h11
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