O juiz determinou que a empresa divulgue internamente os canais de reclamação existentes
São Paulo - A Brasil Kirin, empresa dona da marca de bebidas Schin, foi condenada a pagar indenização de R$ 700 mil por assédio moral.
O valor deverá ser revertido ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). O
juiz Roberto Benavente Cordeiro, da 4ª Vara do Trabalho de Guarulhos
(SP), determinou ainda que a empresa apure as reclamações e tome medidas
efetivas para acabar com as práticas abusivas.
Em inquérito civil, conduzido pelo Ministério Público do Trabalho (MPT)
de Guarulhos, constatou-se que os gerentes desrespeitavam os
funcionários, com gritos e xingamentos, para cobrar o alcance das metas
estipuladas pela empresa. Havia até ameças de que caso o desempenho não
fosse satisfatório, os empregados poderiam ser enviados para outra
região. “As cobranças envolviam gritos e utilização de palavras como
'safado' ”, informou o MPT na fundamentação da ação contra a Kirin.
O juiz determinou que a empresa divulgue internamente os canais de
reclamação existentes. Segundo o texto, a Kirin deverá deixar claro para
seus funcionários, em especial nos cargos de gerência e direção, que
vai apurar as reclamações e punir os responsáveis pelas práticas de
assédio.
Procurada pela Agência Brasil, a Brasil Kirin disse que não se
manifesta sobre processos judiciais ou administrativos que estejam em
trâmite.
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