Mangostão, canistel e pêssego-donut são alguns dos nomes de frutas
pouco conhecidas presentes nas bancas do Mercado Municipal Paulistano. O
entreposto da capital de São Paulo, inaugurado há 80 anos, é um
verdadeiro catálogo de variedades exóticas (de origem estrangeira) ou
vindas da Amazônia.
A diversidade de sabores é o maior atrativo para os frequentadores do
Mercadão, como é conhecido o local. Parte do público é formada por
turistas de outros Estados e de outros países, que não se decepcionam
com a oferta de sabores e perfumes das frutas.
Podem ser encontradas por lá, por exemplo, uma variedade de nectarina
também chamada de pêssego-donut. A fruta é apenas ligeiramente parecida
com a rosquinha de origem americana, mas atrai os visitantes pelo nome e
pelo gosto, entre o doce e o ácido.
Abacate caribenho tem polpa quase da cor da gema de ovo
Outra fruta diferente é o canistel ou abacate caribenho. Sua polpa é amarelo-alaranjada, quase da cor da gema de ovo.
De acordo com o vendedor Flávio Cássio, da banca Yasmin, que trabalha
no local há 8 anos, a venda de frutas exóticas é pequena em relação ao
volume das mais conhecidas, como o morango. "A gente vende bastante a
pitaia. Depois, vem a tâmara", diz ele, que afirma não saber as
quantidades exatas que vende.
Os dados de comercialização dessas frutas, de fato, são de difícil
contabilização. Segundo o Ibraf (Instituto Brasileiro de Frutas), esses
produtos não entram nos levantamentos de importação feitos pela
Secretaria de Comércio Exterior.
De acordo com a avaliação dos vendedores do Mercadão, as frutas
exóticas vendem menos por conta do preço "salgado". A pitaia, por
exemplo, pode custar até R$ 99 o quilo. Já a amora negra varia de R$ 89 a
R$ 129 o quilo. Estas duas variedades estão entre as mais caras do
mercado.
Sabor doce é o preferido do público, diz chef brasileiro
As comparações das frutas desconhecidas com as mais populares ou com
doces é bastante comum no Mercadão. O sapoti, por exemplo, é citado como
tendo sabor de "leite condensado com coco queimado". Já a granadilha é
comparada a um maracujá doce.
A doçura, aliás, é a qualidade mais valorizada pelo público. "O
brasileiro adora o doce, tanto que as frutas viram compotas ou sucos. O
azedo é pouco explorado, mais usado por quem é chef ou gourmet, que quer
sentir um sabor diferente", explica o chef de cozinha Claudemir Barros,
do restaurante Wiella Bistrô (Recife), e palestrante do Semana Mesa SP, congresso e festival de gastronomia que ocorre em novembro na capital de São Paulo.
Brasil exporta mais frutas no 1º semestre de 2013 em comparação com 2012
O Brasil produz 43 milhões de toneladas anuais de frutas de variedades
comuns, como laranja, limão, maçã e banana. São Paulo é o maior Estado
produtor, sendo responsável pela colheita de 43% do total do país,
segundo dados de 2011, ano em que foi feito o último levantamento do
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Os dados relativos à exportação mostram que o Brasil aumentou a
quantidade de frutas vendidas a outros países, em comparação com o ano
passado. No primeiro semestre deste ano, foram enviadas 296 mil
toneladas ao exterior, enquanto que no mesmo período do ano passado
foram 271 mil toneladas, de acordo com o Ibraf.
Ampliar
O
UOL pesquisou alguns alimentos que têm os preços mais altos por quilo. A
trufa branca pode chegar a R$ 20 mil o quilo. Foram consultadas duas
das principais lojas especializadas do setor na cidade de São Paulo: a
Casa Santa Luzia e o Empório Petali, no Mercado Municipal. Confira a
seguir dez produtos cujo quilo tem "preço de ouro" Arte/UOL
Nenhum comentário:
Postar um comentário