Alemães que burlaram o
fisco mandando dinheiro não declarado para a Suíça estão repatriando
maços de notas, escondendo-as em lugares estranhos.
Agora que os bancos suíços estão sendo alvo de repressão internacional contra evasão fiscal, o governo quer que o setor pare de administrar fundos não declarados. Essa exigência, associada a casos de grande repercussão, como o de Uli Hoeness, presidente do clube Bayern, de Munique, acusado de usar uma conta na Suíça para evitar o pagamento de impostos, e a compra de dados de clientes por autoridades alemãs, assustaram os evasores fiscais e os puseram em ação, diz a alfândega alemã.
"Apanhamos um homem de 72 anos de idade vestindo um espartilho de mulher recheado com € 150 mil", disse Markus Ueckert, porta-voz do distrito aduaneiro alemão de Loerrach, um dos três que fazem fronteira com a Suíça. "Em outro caso, um homem trazia cerca de € 140 mil em duas fraldas para incontinência urinária".
Alemães e britânicos não residentes tinham até US$ 175 bilhões em fundos não declarados em 2010, segundo estimativa da Booz & Co. Desde então, houve mais de 36 mil pedidos de anistia na Alemanha. Aqueles que não querem abrir o jogo estão dispostos a transgredir a lei, que exige que o porte de dinheiro em valor superior a 10 mil euros (US$ 13,2 mil) seja declarado na fronteira.
Os distritos aduaneiros fronteiriços com a Suíça descobriram € 20 milhões em dinheiro não declarado no ano passado. Na cidade de Lindau, na Baviera, onde os funcionários aduaneiros certa vez capturaram um homem com € 25 mil ocultos numa casinha feita de gengibre, € 2 milhões não declaradas foram descobertos em 2012.
"Um casal de aposentados tinha dinheiro em seus sapatos, e vimos um caso de dinheiro escondido junto à bateria do carro", disse Harald Gabele, porta-voz do distrito de Singen, na Alemanha. "Temos regularmente casos de pessoas vestindo um cinto com dinheiro oculto ou ocultando-o em suas roupas íntimas".
A evasão tributária é um tema de campanha quente, às vésperas das eleições na Alemanha, em 22 de setembro. Peer Steinbrueck, o candidato social-democrata, adversário da premiê Angela Merkel, criticou a posição da Suíça em um comício no mês passado. "Não tenho nada contra mobilizar a cavalaria para combater fraude e a evasão fiscal", disse ele.
Os alemães são o maior grupo de turistas estrangeiros na Suíça, e suas férias implicam fácil acesso às contas. Não são só milionários, como Hoeness e Klaus Zumwinkel, ex-CEO do Deutsche Post, condenado em 2009 por evasão, que têm contas secretas. Evitar impostos é um "esporte nacional" praticado igualmente por dentistas e taxistas, disse Frank Wehrheim, que foi por três décadas funcionário da agência tributária alemã.
A Suíça negociou acordos com a Áustria e com o Reino Unido que permitem aos países recuperar receitas fiscais e preservar o sigilo. Um acordo semelhante com a Alemanha foi rejeitado devido a oposição parlamentar em Berlim.
Para a Alemanha, as violações da regra de € 10 mil cresceram 11 vezes desde 2000, para 2.489 casos no ano passado; a pena vai de 10% a 25% da soma descoberta.
Agora que os bancos suíços estão sendo alvo de repressão internacional contra evasão fiscal, o governo quer que o setor pare de administrar fundos não declarados. Essa exigência, associada a casos de grande repercussão, como o de Uli Hoeness, presidente do clube Bayern, de Munique, acusado de usar uma conta na Suíça para evitar o pagamento de impostos, e a compra de dados de clientes por autoridades alemãs, assustaram os evasores fiscais e os puseram em ação, diz a alfândega alemã.
"Apanhamos um homem de 72 anos de idade vestindo um espartilho de mulher recheado com € 150 mil", disse Markus Ueckert, porta-voz do distrito aduaneiro alemão de Loerrach, um dos três que fazem fronteira com a Suíça. "Em outro caso, um homem trazia cerca de € 140 mil em duas fraldas para incontinência urinária".
Alemães e britânicos não residentes tinham até US$ 175 bilhões em fundos não declarados em 2010, segundo estimativa da Booz & Co. Desde então, houve mais de 36 mil pedidos de anistia na Alemanha. Aqueles que não querem abrir o jogo estão dispostos a transgredir a lei, que exige que o porte de dinheiro em valor superior a 10 mil euros (US$ 13,2 mil) seja declarado na fronteira.
Os distritos aduaneiros fronteiriços com a Suíça descobriram € 20 milhões em dinheiro não declarado no ano passado. Na cidade de Lindau, na Baviera, onde os funcionários aduaneiros certa vez capturaram um homem com € 25 mil ocultos numa casinha feita de gengibre, € 2 milhões não declaradas foram descobertos em 2012.
"Um casal de aposentados tinha dinheiro em seus sapatos, e vimos um caso de dinheiro escondido junto à bateria do carro", disse Harald Gabele, porta-voz do distrito de Singen, na Alemanha. "Temos regularmente casos de pessoas vestindo um cinto com dinheiro oculto ou ocultando-o em suas roupas íntimas".
A evasão tributária é um tema de campanha quente, às vésperas das eleições na Alemanha, em 22 de setembro. Peer Steinbrueck, o candidato social-democrata, adversário da premiê Angela Merkel, criticou a posição da Suíça em um comício no mês passado. "Não tenho nada contra mobilizar a cavalaria para combater fraude e a evasão fiscal", disse ele.
Os alemães são o maior grupo de turistas estrangeiros na Suíça, e suas férias implicam fácil acesso às contas. Não são só milionários, como Hoeness e Klaus Zumwinkel, ex-CEO do Deutsche Post, condenado em 2009 por evasão, que têm contas secretas. Evitar impostos é um "esporte nacional" praticado igualmente por dentistas e taxistas, disse Frank Wehrheim, que foi por três décadas funcionário da agência tributária alemã.
A Suíça negociou acordos com a Áustria e com o Reino Unido que permitem aos países recuperar receitas fiscais e preservar o sigilo. Um acordo semelhante com a Alemanha foi rejeitado devido a oposição parlamentar em Berlim.
Para a Alemanha, as violações da regra de € 10 mil cresceram 11 vezes desde 2000, para 2.489 casos no ano passado; a pena vai de 10% a 25% da soma descoberta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário