quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Licença para vender


A comercialização de produtos com os símbolos dos Jogos Olímpicos Rio 2016 deve render R$ 1 bilhão

Por Luciele VELLUTO


Camisetas, canetas, garrafas, joias, bichinhos de pelúcia e até carros já integram a lista dos produtos que ostentarão os anéis olímpicos e o símbolo dos Jogos de 2016, no Rio de Janeiro. No total, a expectativa é de que sejam produzidos 100 milhões de unidades de 12 mil produtos diferentes, representando um potencial de vendas de R$ 1 bilhão no varejo. “O montante é próximo do que foi obtido em Londres, em 2012”, afirma Sylmara Multini, diretora da área de licenciamentos do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. 


 
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De olho no caixa: Sylmara, do COB, espera credenciar 70 empresas até meados de 2014
 
Alguns parceiros já estão definidos, como a têxtil catarinense Malwee, a montadora japonesa Nissan e a chinesa Honav, fabricante de broches. Os demais serão conhecidos até meados de 2014, completando a lista dos 70 fornecedores que terão direito a abastecer as 150 lojas oficiais e os cerca de 40 mil pontos de venda em todo o País. “Queremos estar na maioria dos locais e com produtos de todos os tipos e valores”, diz ela. “Dessa forma, esperamos inibir a pirataria.”
 
Além da ação dos falsificadores, o uso indevido dos símbolos dos Jogos ocupa o topo na lista de preocupações do Comitê, que estabeleceu parcerias com a polícia e órgãos de combate à pirataria. Segundo a gerente de proteção às marcas da organização, Adriana Barbedo, a marca olímpica vale US$ 96,1 bilhões, perdendo apenas para a Apple, avaliada em US$ 142 bilhões. “Vamos coibir o uso de qualquer elemento que remeta aos Jogos, como a tocha e as medalhas, se a empresa não for licenciada”, afirma ela. Entre junho de 2012 e julho deste ano, 270 empresas foram notificadas. E a vigilância só tende a aumentar.
 
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