terça-feira, 17 de setembro de 2013

REUNIÃO DECISIVA NOS 'EUA'

 
  
Fed começa hoje o debate sobre reduzir ou não os estímulos ao país. Conclusão deve repercutir em todos os mercados do mundo quando os membros do Comitê de Política Monetária do Fed entrarem hoje no edifício Eccles Building, no centro de Washington, eles estarão sob os olhos de todo o mundo.
Dependerá deles a manutenção ou não do programa de estímulos ao país, que, desde 2009, injeta mensalmente bilhões de dólares no mercado para salvar a maior economia do mundo. Os especialistas alertam que a redução de recursos produzirá efeitos em todos os países, sobretudo os em desenvolvimento, como o Brasil. Para o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, a definição do Fed significará mais nervosismo ou mais tranquilidade aos investidores, a depender da decisão.

O encontro entre as autoridades do BC norte-americano termina amanhã. "A partir de quinta-feira, o médio prazo começará a ganhar novos contornos em todo o mundo. As pessoas terão outros parâmetros para projetar não só quanto vai valer o dólar, mas também as taxas de juros em outros países", analisou Agostini. Caso opte por reverter o programa de compra de títulos públicos —que, atualmente, é responsável por injetar até US$ 85 bilhões ao mês no mercado financeiro dos EUA—, o Fed deverá sacramentar a alta do dólar em todo o mundo. Isso ocorre porque, uma vez que houver menos dinheiro em circulação no país, os preços de todos os ativos de lá começarão a se valorizar. Com isso, outras moedas acabarão valendo menos em relação à divisa norte-americana, entre elas o real.

O economista-chefe do banco holandês Rabobank para o Brasil, Robério Costa, disse esperar novas altas do dólar frente à moeda brasileira. Para ele, pesa a favor do real o fato de que Lawrence Summers, ex-secretário do Tesouro dos EUA, decidiu retirar a sua candidatura à vaga de presidente do Fed. "Caso eleito, ele pressionaria por uma alta de juros mais cedo e pela retirada dos estímulos já neste momento, porque é ortodoxo", justificou. Com a desistência de Summers, o nome mais forte para substituir o atual presidente do Fed, Ben Bemanke, é o de Janet Yellen.

(Fonte: Correio Braziliense)

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