Os
números positivos da economia brasileira divulgados na última semana
continuam repercutindo positivamente na imprensa internacional,
que apontou um cenário de retomada no crescimento que pode atrair
investidores estrangeiros de volta ao País. O tom de surpresa foi
registrado até no Financial Times, que chegou a sugerir ao governo
brasileiro a demissão do ministro da Fazenda Guido Mantega, por supostos
erros na condução da política econômica.
Na
última sexta-feira (30), a revista norte-americana Forbes chamou de
“agradável surpresa” o avanço de 1,5% da economia brasileira no
segundo trimestre deste ano, o que superou as expectativas de 0,9% dos
analistas.
A publicação
cita que o aumento de 6,9% nas exportações bem maior que o das
importações (0,9%) e a recuperação do consumo contribuíram para
o resultado positivo. Com isso, indicou que os economistas já estão
revendo as previsões no aumento do PIB (Produto Interno Bruto) deste ano
de 2,2% para R$ 2,7%.
"O Brasil salvou este ano com um segundo trimestre surpreendentemente forte", diz a Forbes.
Para
o site Yahoo! Finance, a recuperação da economia do Brasil “excedeu as
mais otimistas expectativas do mercado” e foi influenciada
pelo crescimento no segundo trimestre do setor agrícola (3,9%),
industrial (2%) e de serviços (0,8%).
A
rede britânica BBC comentou que a decisão do governo em aumentar a taxa
básica de juros para 9%, realizada na última quarta-feira (28),
pode ajudar o Brasil no controle da inflação e reforçar a confiança dos
investidores, segundo relatório do FMI (Fundo Monetário Internacional)
divulgado nesta semana.
Os
bons resultados da economia divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística) colocaram o Brasil na terceira colocação
de uma lista que trouxe países emergentes e nações desenvolvidas como
Alemanha, Estados Unidos e Japão.
Com
o avanço de 1,5% no PIB (Produto Interno Bruto) no segundo trimestre
deste ano, o Brasil ficou à frente de potências como Coreia do
Sul (1,1%), Reino Unido (0,6%) e França (0,5%), ficando atrás apenas de
Indonésia (2,6%) e China (1,7%).
O
crescimento do país acima do esperado, a inflação abaixo do teto
oficial e a recuperação do real ante o dólar, observados na última
semana, indicam uma recuperação da economia brasileira. Com isso, a
quantidade de dólares em circulação no Brasil aumenta e a cotação da
moeda ante o real tende a cair. Esse movimento foi observado na última
quarta-feira (28), com a moeda norte-americana caindo pelo segundo dia
consecutivo, para R$ 2,35.
A
inflação, um dos maiores fantasmas do governo, desacelerou
recentemente. No último IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo), o índice teve um avanço de apenas 0,03% em julho e 6,27% nos
últimos 12 meses. Além disso, o aumento da taxa básica de juros (Selic)
para 9% ao ano elevou os rendimentos da poupança. Na última sexta-feira
(30), o ministro da Fazenda, Guido Mantega, comentou o bom momento da
economia e aponto um crescimento de 4% em 2014.
"O
fundo do poço foi superado e, daqui para frente, a trajetória será de
crescimento, de modo que poderemos voltar às taxas de crescimento que
já tivemos. Estamos na rota da recuperação econômica, porque as medidas
tomadas nos últimos anos têm apresentado resultado positivo, com
redução dos juros, de tributos e de custos", explicou Mantega.
Fonte: redação com agências e R7.com.
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