terça-feira, 3 de setembro de 2013

Brasil recupera prestígio internacional e pode atrair novos investidores


 
 
 
Os números positivos da economia brasileira divulgados na última semana continuam repercutindo positivamente na imprensa internacional, que apontou um cenário de retomada no crescimento que pode atrair investidores estrangeiros de volta ao País. O tom de surpresa foi registrado até no Financial Times, que chegou a sugerir ao governo brasileiro a demissão do ministro da Fazenda Guido Mantega, por supostos erros na condução da política econômica.

Na última sexta-feira (30), a revista norte-americana Forbes chamou de “agradável surpresa” o avanço de 1,5% da economia brasileira no segundo trimestre deste ano, o que superou as expectativas de 0,9% dos analistas. 

A publicação cita que o aumento de 6,9% nas exportações bem maior que o das importações (0,9%) e a recuperação do consumo contribuíram para o resultado positivo. Com isso, indicou que os economistas já estão revendo as previsões no aumento do PIB (Produto Interno Bruto) deste ano de 2,2% para R$ 2,7%.

"O Brasil salvou este ano com um segundo trimestre surpreendentemente forte", diz a Forbes.

Para o site Yahoo! Finance, a recuperação da economia do Brasil “excedeu as mais otimistas expectativas do mercado” e foi influenciada pelo crescimento no segundo trimestre do setor agrícola (3,9%), industrial (2%) e de serviços (0,8%).

A rede britânica BBC comentou que a decisão do governo em aumentar a taxa básica de juros para 9%, realizada na última quarta-feira (28), pode ajudar o Brasil no controle da inflação e reforçar a confiança dos investidores, segundo relatório do FMI (Fundo Monetário Internacional) divulgado nesta semana.

Os bons resultados da economia divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) colocaram o Brasil na terceira colocação de uma lista que trouxe países emergentes e nações desenvolvidas como Alemanha, Estados Unidos e Japão.

Com o avanço de 1,5% no PIB (Produto Interno Bruto) no segundo trimestre deste ano, o Brasil ficou à frente de potências como Coreia do Sul (1,1%), Reino Unido (0,6%) e França (0,5%), ficando atrás apenas de Indonésia (2,6%) e China (1,7%).

O crescimento do país acima do esperado, a inflação abaixo do teto oficial e a recuperação do real ante o dólar, observados na última semana, indicam uma recuperação da economia brasileira. Com isso, a quantidade de dólares em circulação no Brasil aumenta e a cotação da moeda ante o real tende a cair. Esse movimento foi observado na última quarta-feira (28), com a moeda norte-americana caindo pelo segundo dia consecutivo, para R$ 2,35.

A inflação, um dos maiores fantasmas do governo, desacelerou recentemente. No último IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), o índice teve um avanço de apenas 0,03% em julho e 6,27% nos últimos 12 meses. Além disso, o aumento da taxa básica de juros (Selic) para 9% ao ano elevou os rendimentos da poupança. Na última sexta-feira (30), o ministro da Fazenda, Guido Mantega, comentou o bom momento da economia e aponto um crescimento de 4% em 2014.

"O fundo do poço foi superado e, daqui para frente, a trajetória será de crescimento, de modo que poderemos voltar às taxas de crescimento que já tivemos. Estamos na rota da recuperação econômica, porque as medidas tomadas nos últimos anos têm apresentado resultado positivo, com redução dos juros, de tributos e de custos", explicou Mantega.

Fonte: redação com agências e R7.com.

Nenhum comentário:

Postar um comentário