Google, Facebook e Yahoo pediram autorização para divulgar publicamente a quantidade e tipos de informações solicitadas pelo governo dos EUA com base na Fisa
Segurança: medida é mais um passo das
empresas em busca por maior "transparência" do governo dos EUA no caso
do vazamento do programa de vigilância online
São Paulo - Google, Facebook e Yahoo
enviaram nesta segunda-feira, 9, petições ao Foreign Intelligence
Surveillance Court (FISC), tribunal americano que supervisiona a
atividade de vigilância, pedindo autorização para que divulguem
publicamente a quantidade e tipos de informações solicitadas pelo
governo dos EUA com base na Fisa (sigla em inglês para Lei de Vigilância
de Inteligência Estrangeira).
A medida é mais um passo das empresas de Internet em busca por maior
"transparência" do governo dos EUA no caso do vazamento do programa de
vigilância online, após serem acusadas de fornecer dados confidenciais
de usuários à Agência Nacional de Segurança (NSA) e ao FBI (polícia
federal americana).
Tanto o Facebook quanto o Yahoo divulgaram
recentemente relatórios de transparência trazendo dados sobre pedidos
feitos por governos ou agências oficiais. O Google, por sua vez, já
havia entrado com ação junto à Microsoft para pressionar o governo dos
Estados Unidos a liberar a divulgação de detalhes sobre os pedidos de
informações de usuários.
Em seu blog oficial, o Yahoo argumentou que o governo americano deve
ser capaz de manter a sua responsabilidade de proteger a segurança
pública, sem restringir o compartilhamento de informações por parte de
empresas de tecnologia sobre o número de pedidos que recebem. "Em última
análise, a retenção dessas informações gera desconfiança e suspeita,
tanto dos Estados Unidos como de empresas que devem cumprir com as
diretrizes legais do governo", declarou o conselheiro geral do Yahoo,
Ron Bell.
"Acreditamos que há mais informações que o público merece saber, e isso
ajudará a promover um debate sobre se os programas de segurança do
governo equilibram adequadamente os interesses de privacidade quando se
tenta manter a segurança pública", disse Colin Stretch, conselheiro
geral do Facebook, em comunicado.
Junto às petições apresentadas pelo Google, Facebook e Yahoo, uma
coalizão de empresas de Internet e grupos de defesa, incluindo a Apple,
AOL e LinkedIn, vai se reunir nesta segunda-feira, em Washington, com o
presidente do Grupo de Revisão de Inteligência e Tecnologias de
Comunicação – criado pelo governo americano com o objetivo de revisar
formalmente sua coleta de dados eletrônicos de inteligência –, para
discutir mais questões em torno do esquema de espionagem.
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