TONI SCIARRETTA
ENVIADO ESPECIAL A CAMPOS DO JORDÃO
ENVIADO ESPECIAL A CAMPOS DO JORDÃO
O dólar deve seguir com forte oscilação até as eleições presidenciais de
2014, disse Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central (1997-1999) à
época do câmbio fixo, no governo FHC.
A razão, segundo Franco, são as incertezas do mercado em relação às
respostas do Banco Central e ao ambiente político mais tenso após a onda
de manifestações.
Para Franco, o mercado não tem mais segurança na política econômica do
governo. Por esse motivo, está mais sensível a a qualquer fato novo.
"Até as eleições haverá uma crescente volatilidade no câmbio. E será nas duas direções."
Franco, que defendeu o real em 1999 usando as reservas cambiais,
criticou o fato de o BC não utilizá-las agora. Para ele, essa é a forma
mais eficaz.
Uma consequência dessa hipersensibilidade do mercado são as apostas dos
fundos de investimento, que veem oportunidades para ganhar dinheiro com a
oscilação do câmbio.
Luís Stuhlberger, gestor do Fundo Verde do Credit Suisse, disse que não
viu alternativa para proteger os cotistas além de investir no exterior.
"O Brasil estava muito caro. Fui para o exterior por desespero", disse.
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