PARAMARIBO (SURINAME) - Os
presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e do Paraguai, Horacio
Cartes, expressaram, nesta sexta-feira, 30, a intenção de superar os
conflitos diplomáticos em torno do Mercosul. O governo paraguaio não
especificou, porém, uma data para o reingresso ao bloco — que o país
deixou após suspensão imposta pelos outros países-membros, que
consideraram o impeachment do ex-presidente Fernando Lugo um
procedimento sumário.
O incidente diplomático foi causado pela entrada da Venezuela no
bloco durante o período de suspensão do Paraguai, sendo que o Senado
paraguaio já havia rejeitado o ingresso de Caracas.
“Agradeço ao presidente Maduro e à presidente Dilma Rousseff, nesta
segunda vez que me pede e me explica a importância de que estejamos
todos unidos no Mercosul”, disse Cartes, durante seu discurso na cúpula
da União de Nações Sul Americanas (Unasul), em Paramaribo, capital do
Suriname.
Ele se referia ao encontro com Maduro e Dilma, na sexta à tarde,
organizado durante a cúpula, por iniciativa do governo brasileiro, que
marcou o início da reaproximação entre Venezuela e Paraguai.
Virando a página
O líder venezuelano expressou sua admiração pelo povo paraguaio e
disse que pediu ao colega para virar a página. “Nós amamos o povo do
Paraguai, o admiramos pela sua luta histórica. Eu disse a ele [Cartes]
que se algum setor político, econômico, midiático que tenha se sentido
de alguma maneira afetado em sua sensibilidade pela nossa atuação em
junho do ano passado, sobre os acontecimento no Paraguai, nós pedimos
compreensão e chamamos a virar a página.”
(Maíra Magro | Valor)
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