BALI - O
primeiro acordo comercial global em quase 20 anos está perto de ser
adotado na conferência ministerial da Organização Mundial do Comércio
(OMC), com base em textos apresentados pelo diretor-geral Roberto
Azevêdo.
O dirigente destacou que o acordo sobre
segurança alimentar beneficiará todos os países em desenvolvimento, e,
ao final de sua exposição, foi aplaudido por quase dois minutos, segundo
participantes.
No entanto, durante a ovação a embaixadora de
Cuba pegou a placa com o nome do país e começou a bater sobre a mesa,
exigindo falar. O presidente da reunião, o ministro de comércio da
Indonésia, não lhe deu a palavra, dizendo que ela poderia falar mais
tarde, na reunião em que os países vão se manifestar sobre os textos. A representante cubana começou a gritar, enquanto Azevedo voltou a ser aplaudido pelas delegações.
A reação da representante do país
centro-americano reacende uma inquietação que parecia ter ficado para
trás: de Cuba bloquear todo o acordo de Bali. Os cubanos reclamam
do embargo dos EUA contra a ilha. Dizem que não facilita o comércio, já
que um navio que atraca em Cuba logo depois não pode atracar em
território americano.
Já os grandes beligerantes da conferência
ministerial, os Estados Unidos e a Índia, dizem estar satisfeitos com o
acordo até agora obtido.
A conferência ministerial deveria ser concluída
às 15h, mas vai continuar e novo encontro de chefes de delegação
ocorrerá a meia-noite.
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