Desde que pagaram 23 bilhões de dólares para comprar a fabricante de
alimentos americana Heinz junto com Warren Buffett, os executivos do
fundo brasileiro 3G — criado por Jorge Paulo Lemann — se mantiveram em
silêncio. No fim de novembro, o carioca Bernardo Hees, presidente da
Heinz, deu as primeiras pistas de seu plano num evento fechado a
clientes da consultoria Falconi. Desde sua chegada, a Heinz trocou 11
dos 12 principais executivos e demitiu 1 300 funcionários.
Até a
impressão de papéis foi limitada a 200 páginas por mês para cada
funcionário. Tudo para pagar os 12 bilhões de dólares de dívidas que
financiaram a aquisição. Mas Hees garante que vai deixar intactas as
áreas de vendas e marketing. “Não entendo o suficiente desses setores”,
disse Hees, que contratou a Falconi para elaborar um plano de melhoria
de suas 72 fábricas.
Nos últimos meses, 1 300 dos 31 000 funcionários da
Heinz passaram a ter metas individuais. “Antes, todo mundo ganhava
bônus, mesmo sem boa performance”, afirmou Hees. Esses tempos ficaram
para trás.
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