A proximidade do Reveillon, do carnaval e da Copa
do Mundo vai movimentar o comércio eletrônico, que deve
enfrentar dificuldade para atender à demanda crescente no Brasil, porque a infraestrutura
do país não atende às necessidades. A previsão é do diretor-geral do
3º Seminário Nacional de Comércio Eletrônico, Meios de Pagamento e Negócios na
Web (Ecom 2013), Marcelo Castro. A expectativa, segundo ele, é atingir R$ 30
bilhões até 31 de dezembro, cerca de 28% a mais em relação a dezembro do ano
passado.
“O primeiro semestre do ano vai ser muito
tumultuado. Acho que a gente vai ter um pico de problemas na cadeia lojista.
Não tenho dúvida de que quem estiver comprando no e-commerce [comércio
eletrônico] vai sofrer um pouquinho, porque o mercado continua crescendo, mas a
estrutura de entrega está limitada”, disse.
Além dos problemas de logística, das condições
das estradas e da segurança, Marcelo Castro destacou que os comerciantes no
Brasil estão enfrentando a concorrência de sites estrangeiros que se instalam
no Brasil ou oferecem serviços aos clientes do país. “Europeus e americanos
estão vendo um jeito de fugir da crise lá vendendo no e-commerce deles aqui. A
expectativa é os estrangeiros comprarem R$1,5 bilhão aqui no Brasil, mas a
previsão é que brasileiros comprem R$ 2,6 bilhões em sites estrangeiros. A
gente tem que estar preparado para não deixar este mercado vazar para o mercado
internacional”, alertou.
Marcelo Castro participou hoje (28), no Rio de
Janeiro, da última etapa do Ecom 2013, seminário de e-commerce com foco na Copa
do Mundo de 2014 criado para inclusão digital comercial. Antes do Rio, o evento
passou pelas outras 11 cidades-sedes da Copa e ainda por Florianópolis e Belém.
“As 14 capitais, que são as doze da Copa mais Florianópolis e Belém,
representam 90,2% do PIB (Produto Interno Bruto), então dá uma boa cobertura
econômica também”, esclareceu.
Segundo o diretor, as empresas
procuram se equipar melhor para atender aos clientes que, cada vez mais
preferem fazer compras pela internet. Castro disse que, desde a primeira
edição, o Ecom aumentou o número de participantes. Em 2011 foram 6 mil e este
ano atingiu 11 mil. Além disso, o público se tornou mais qualificado.
Segundo o diretor, pesquisas do Serviço de
Proteção ao Crédito Brasil (SPC Brasil) e a Câmara Nacional de Diretores
Lojistas (CNDL), apontaram que, em média, 70 % de varejistas, lojistas e
comerciantes brasileiros não tinham endereço na web. “Na nova dinâmica da
sociedade que a gente vive, onde o e-commerce cresce numa faixa de 30% ao ano,
isso mostra que muitos comerciantes e lojistas estão fora desta onda, desse
momento de oportunidade. Foi pensando nisso que o projeto Ecom fez em 2011 a sua primeira road
show”, disse.
Fonte: Portal Exame
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