O
artesanato popular será uma das atividades a serem beneficiadas nas vendas
externas das micro e pequenas empresas, que tem dificuldade de apresentar
aos bancos garantias suficientes para comprovar que o financiamento será
honrado mesmo se acontecer algum problema no pagamento das exportações.
O
Ministério da Fazenda criou um certificado de garantia, para segurar as
operações de crédito à exportação com prazo inferior a dois
anos, beneficiando as empresas menores. Hoje, o governo concede o seguro
somente para operações com prazos superiores a dois anos, o que dificulta
o acesso ao mercado internacional das empresas pequenas que produzem, por
exemplo, bens de consumo.
O
seguro é uma forma de garantia contra a inadimplência do importador em
financiamentos à exportação. O seguro é lastreado nos recursos do Fundo de
Garantia às Exportações (FGE), do governo federal. A Fazenda emite os
certificados de garantias e a Seguradora Brasileira de Crédito à
Exportação (SBCE) presta assessoria ao governo na concessão das garantias
de crédito, calculando os prêmios e analisando a viabilidade das operações.
Segundo
o secretário adjunto de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda,
Rodrigo Cota, o novo certificado aguarda apenas parecer da Procuradoria
Geral da Fazenda Nacional (PGFN) para começar a ser oferecido às empresas, o
que deverá ocorrer em breve.
Ele explicou que houve uma longa
discussão com os representantes do bancos e da Federação Brasileira de Bancos
(Febraban) sobre os termos do certificado. Depois do parecer aprovado, a
SBCE irá colocar em operação um sistema que permitirá a emissão desse
certificado para que os bancos possam operar.
Cota
explicou que a medida permite que as exportações de bens mais baratos, como
roupas e calçados, possam ser financiadas pelos bancos comerciais com
garantias da União.
Para
o secretário de Competitividade e Gestão da Secretaria da Micro e Pequena
Empresa, Carlos Leony, a decisão do governo de aperfeiçoar o FGE garantirá
às empresas de menor porte condições para disputar espaço no mercado
internacional.
“Elas
lutam hoje com barreiras muitas vezes intransponíveis para exportar, o que
não propiciou às microempresas ingressarem na globalização.”
A
Secretaria da Micro e Pequena Empresa está trabalhando para implantar num prazo
de até um ano o Portal Empresa Simples, que entre outras medidas, vai
criar uma praça eletrônica de comércio internacional. Batizado de “Simples
Internacional”, o espaço proporcionará negociações diretas entre micro e
pequenas empresas de línguas portuguesa e espanhola.
Segundo dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as micro, pequenas e médias
empresas representam 20% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e respondem
por 60% dos empregos no País.
Fonte:
IG
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